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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Repercussão de Malafaia e Marcos Feliciano entre os estudantes da UNICAMP

Sou estudante de Ciências Sociais na Universidade de Campinas - UNICAMP, atualmente estou indo para o quinto ano e durante todos estes anos de vida acadêmica pude acompanhar como funciona a expressão dos estudantes, não digo de todos eles, mas de alguns grupos organizados, vamos dizer "fraternidades" universitárias, aqui chamo atenção para as chapas que exercem um papel político junto a reitoria e a representatividade dos cursos de histórias e ciências sociais. Eles são divididos entre os partidos políticos de esquerda, ligados ao PSOL e PSTU, tendo também um outro grupo denominado MRT,  quem desde 2014 vem ocupando o CACH no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade.

Gostaria de contar a todos,  com o intuito de  refletir sobre as posições políticas dos deputados da bancada evangélica e do pregador Silas Malafaia a reação dos estudantes frente a temáticas como aborto e casamento gay/união homoafetiva.

Era em uma terça a noite próximo da data das  eleições de 2014,  ao chegar no IFCH tinha cartazes do deputado federal Marcos Feliciano e do pastor Silas Malafaia espalhados na praça em frente a lanchonete, todos eles estavam em cima de um lixo, foi neste cenário que me deparei com os estudantes jogando bolas de papel no rosto dos pastores e comemorando o acerto, em forma de "cesta". Fiquei pensativo, triste e da mesma forma já comecei a colocar a mente para refletir sobre o papel de luz na política que estamos (ou não) exercendo.

Sabedoria é algo apreciado pelo terceiro monarca hebreu, Salomão e deveria também ser pelos pregadores e políticos evangélicos. Não sou a favor do aborto  e sou moralmente contra a união homoafetiva, até por ser cristão e seguir a moralidade contida na Bíblia sobre a sexualidade. Todavia nossos políticos e pregadores se aproximam de um discurso de intolerância e ódio, o problema não é necessariamente ser contra o aborto ou ao casamento gay, mas sim o discurso de como trasmitir isso para a sociedade e a falta de respeito com a dignidade humana, também é necessário refletir sobre o estado laico e a moralidade bíblica em uma sociedade plural. Até que ponto devemos ser contra a união cível de pessoas do mesmo sexo, face isso já ocorrer (e ai eu respondo baseado na minha formação jurídica), e os problemas que isso causa referente a lacuna que existia com respeito ao patrimônio adquirido em comum nesta união. Isso não quer dizer que sou a favor do casamento religioso, no qual sou totalmente contra por não se enquadrar nos princípios bíblicos. Todavia se eles quiserem fazer a cerimônia em outra religião o que eu como cidadão tenho haver com isso..

As pessoas vão aceitar a nossa fé e o nosso modo de pensar não por imposição legal, mas sim por uma verdadeira transformação em sua filosofia de vida, logo não vai ser o estado que vai ou não dar a resposta a sociedade mediante a construção da lei e sim através da exposição clara do evangelho de Jesus, entretanto as portas parecem se fechar cada vez mais entre os estudantes que olham para os evangélicos como seres preconceituosos e intolerantes, que não possuem capacidade de dialogar com quem pensa diferente, assim a bíblia pode continuar fechada nos corações dos universitários secularizados com tais atitudes de nossos "representantes da fé nas midias e no congresso".

Ao meu ver seria melhor nos posicionar de modo mais brando...por exemplo mostrando compaixão a mulher que aborda e dizendo que isso não irá fazer bem para o corpo dela e nem para o nascituro, bem como apresentar um discurso filósofico com princípios cristãos sobre como enfrentar uma gravidez indesejada. A quanto a homossexualidade não precisamos travar uma cruzada contra os LGBT por conta da união cível, pois ela não interfere na igreja, apenas regula algo que já ocorre queremos nós ou não. Logo a comunidade LGBT assim como na igreja de Corintios deve ser recebida entre nós cristãos, discipulada até ser tocada e transformada pelo Espirito Santo. Não devemos ser como os fariseus que ao ver o pecado alheio levantava pedras ao pecador. Isto o Senhor Jesus deixa bem claro em sua mensagem evangélica.

2 comentários:

Unknown disse...

Devemos ser reconhecidos não pelo que falamos e sim pelo nosso Testemunho! E é por isso que reconhecemos Ele como único e suficiente Salvador! Infelizmente alguns se acham mais do que JESUS e são péssimo testemunho...

Unknown disse...

Devemos ser reconhecidos não pelo que falamos e sim pelo nosso Testemunho! E é por isso que reconhecemos Ele como único e suficiente Salvador! Infelizmente alguns se acham mais do que JESUS e são péssimo testemunho...