Páginas

sábado, 26 de outubro de 2013

A Influência do catolicismo no Pr. Silas Malafaia e Marcos Feliciano - Análise da Política

A igreja evangélica brasileira, sempre teve uma grande apologética contra as doutrinas católicas, como o marianismo, o papismo e os ritos repetitivos de suas orações, todavia atualmente, uma boa parte da igreja evangélica, liderada pelo carismático Silas Malafaia e pela política teocrática do Marcos Feliciano no governo, vem se alinhando com a Igreja Católica, principalmente sobre o tema política de estado, principalmente sobre o tema  casamento gay.

Vejamos como a igreja cristã era antes da conversão do Imperador Romano Constantino, para entender como os evangélicos no Brasil estão se adequando não a postura dos apostólos, mas sim da igreja de Roma.

Os primeiros cristãos viviam em um mundo plural, conforme atos 2:42 à 44 suas riquezas eram compartilhadas entre todos, criando um ambiente de vida em comunidade, se reuniam em casas e antes da perseguição dos judeus nas sinagogas. Ou seja não tinha templos próprios e nem legalização de atividade religiosa por parte dos Romanos, uma vez que os cristão negavam-se a dar o culto anual à César, assim professavam sua fé na clandestinidade do formalismo de Estado. Também não existia a idéia do Pastor como "o dono da igreja e da verdade", as decisões eram tomadas em concílios, como o da circuncisão relatado em Atos 15 entre os apóstolos e anciãos.

O mundo da época tinha como cultura predominante à helênica, ou seja era comum o culto ao corpo, aos prazeres da vida, muitos templos gregos dedicados ao panteão de deuses do Olimpo, possuíam como prática orgias, a sexualidade não era moralizada, sendo assim  o aborto e a homossexualidade eram práticas comuns dos povos.

Os cristãos não tentaram tomar o Estado para impor suas leis, pois a ideia gentílica era oferecer o amor de Cristo e não criar um estado único com as leis teocráticas que eram um paradigma da vontade de Deus para os judeus e representava a moral que Deus queria que os homens seguissem.

A idéia de criar um estado teocrático, surgiu quando o estado Romano decidiu optar pela religião cristã, adotando uma postura não de conversão, mas de imposição para os povos, o que não funcionou muito bem, pois acabou por sincretizar a igreja, trazendo cultos pagãos. 

Hoje a igreja deve assim como os apóstolos anunciar qual é a vontade de Deus para a sexualidade do homem, ou seja conforme o livro de Romanos, apenas a heterossexualidade agrada Jesus, o próprio cristianismo também mostra a valorização da vida, negando o aborto...agora a pergunta é devemos impor tudo isso na forma de leis, ou apenas trazer as boas novas...Fico com a segunda alternativa, pois se não iremos cair no mesmo erro do Catolicismo, a intolerância e o legalismo religioso que não muda e nem salva o homem de seus pecados, a minha única ressalva é a quanto o aborto, pois conseguimos com um diálogo não religioso, ou melhor além do religioso, sobrepor a vida em detrimento do direito liberal e individual da mulher sobre o seu próprio corpo.



Nenhum comentário: