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domingo, 17 de julho de 2016

Sindicatos surgiram na Inglaterra pela fé evangélica entre os metodistas

Em meio a toda a discussão sobre a questão do aumento das jornadas de trabalho que o Presidente da Confederação Nacional das Indústrias propôs essa semana, fica uma reflexão sobre o legado protestante no metodismo: “No início da chamada Revolução Industrial, os metodistas, Wesley à frente, lutaram contra a exploração de mulheres e crianças, lutavam pela humanização das oficinas e fábricas, defendiam a redução da jornada de trabalho, que era de doze horas, e reivindicavam aumento de salários para os trabalhadores.

 O sindicalismo inglês, o pioneiro no mundo, nasceu na Igreja Metodista. Dos seis primeiros mártires do sindicalismo inglês, no princípio do século 19, três eram pregadores metodistas, dois eram membros da Igreja Metodista e o último, pelo testemunho dos primeiros, também se tornou um metodista“.

 João Wesley Dornellas, Pequena História do Povo Chamado Metodista O trabalho, que é constitutivo da nossa natureza humana, não pode ser usado como mecanismo de violência para o enriquecimento de alguns enquanto precariza a vida de outros. São Tiago questiona radicalmente os abusos dos patrões que prejudicam a vida dos trabalhadores.

Quando uma jornada de trabalho destrói o tecido social e violenta especialmente aos pobres, é aqui que Deus nos lembra em sua palavra que para manter a sanidade do Trabalho, é preciso essencialmente reconhecer a dimensão do descanso, onde esse torna possível gozar decentemente do fruto de seu trabalho, de meditar e adorar o Deus da Vida. Mais ainda, lembrar que o propósito e realização do trabalho está no homem, assim como o propósito e a vocação do Homem se encontra em Deus e na vida solidária com o próximo.

 Texto d Caio César Marçal, um dos fundadores da Rede Fale

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