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domingo, 15 de abril de 2018

As contradições dos políticos evangélicos na defesa da Familia e corrupção

A bancada evangélica, expressão usada para definir políticos que foram eleitos com apoio de suas respectivas igrejas ou do publico evangélico, está dividida entre diversos partidos políticos, normalmente de centro e direita.

Uma das principais atuações  é no forte cunho de defesa  da moral cristã junto com a sociedade brasileira, indo contra  o aborto e no passado contra a regulamentação da união homoafetiva e  sua transformação em casamento, fez contraponto também aos diversos conceitos de família, é uma combatente a políticas públicas de idelogia de gênero. 

Por outro lado alguns de seus representantes possuem uma vida vamos dizer, que não condiz com um testemunho genuinamente cristão quando o requisito é família, corrupção e direitos ambientais 

Os que discursam sobre família cristã , mas não  vivem o discurso

O Senador Magno Malta é um deles, casado pela segunda vez com a cantora e deputada Federal Lauriete, que também foi casada  durante 20 anos com um outro deputado federal, que também era pastor, os dois defendem hoje a família cristã tradicional, porém pelo que parece fizeram uma revisionismo bíblico para estarem casados conforme diz a Bíblia: 

"E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera." (Marcos 10:12)  e "Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério." (Mateus 19:9)

Este comportamento não é só dele, o Pr. Everaldo,  candidato a presidente pelo PSC em 2014, conhecido pelo  discurso "Homem + Mulher = Família", em 2012 foi condenado na primeira instância a pagar para a ex-mulher, Katia Maia, uma indenização de cerca de 85 mil reais por danos morais e materiais. Pastor Everaldo reverteu a decisão no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e o caso aguarda a decisão de instâncias superiores. Em 2013, a ex-mulher de Pereira levou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) um novo processo em que acusa o pastor de agressão física, seguida de ameaça de morte. Katia Maia relata que durante as agressões houve "chutes e socos, o que causou a perfuração da [sua] membrana timpânica". Pereira, no entanto, diz que agiu em legítima defesa depois de uma perseguição de carro pelas ruas do Rio de Janeiro.


E não para por ai, um dos nomes para  candidato a presidente, Jair Messias Bolsonaro, que não faz parte da bancada evangélica, por ser católico,  mas também é um grande defensor da família tradicional cristã, já está em seu terceiro casamento com a evangélica Michelle, celebrado pelo famoso televangelista Pr. Silas Malafaia.

Corrupção

Existem também aqueles que respondem processo de corrupção ou que votaram contra abertura de processo de investigação do Presidente Temer, veja:

Os deputados João Campos (PSDB - GO), Roberto de Lucena (Podemos), Vinicius Carvalho (PRB) Ronaldo Fonseca (PROS), Márcio Marinho(PRB), Ronaldo Nogueira (PTB), Roberto Sales (PRB), Bruna Furlan (PSDB), Nilton Capixaba André Abdon (PRB- PA), Francisco Floriano (DEM), Ezequiel Teixeira (Podemos), Toninho Wandscheer (PROS), Leonardo Quintão (PMDB-MG), Josué Bengtson (PTB), Altineu Cortes (PR) votaram a favor do presidente Michel Temer, no processo em que se pedia abertura de investigação, e que poderia afastá-lo da presidência da república. O voto dos deputados ajudaram a arquivar a denúncia do Ministério Público Federal.


O deputado Silas  Câmara  (PSC- AM)  membro da Assembléia de Deus é acusado, no inquérito n.º 2.005, de se apropriar de parte ou da totalidade dos salários de assessores de seu gabinete e de contratar funcionário fantasma e servidores vinculados à Assembleia Legislativa do Amazonas. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Federal em junho de 2009 e aceita como ação penal pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, por unanimidade, em dezembro de 2010. A mesma denúncia foi desdobrada e resultou na ação penal 579, que segue em segredo de justiça no STF. Nessa ação, o parlamentar responde por crime contra a fé pública por, supostamente, ter utilizado documento de identidade falso. Em junho de 2009, o Supremo Tribunal Federal recebeu, por unanimidade, denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra o deputado Silas Câmara, à época no PSC, pelos crimes de falsificação de documento público e uso de documento falso (Inquérito 1695)

O deputado Aguinaldo Ribeiro (PSD), ligado a igreja batista, alem de votar a favor do Temer contra a investigação do Ministério Público, também foi acusado pelo doleiro Alberto Youssef de receber pagamentos mensais para votar com o governo do PT no Congresso e citado como integrante do esquema de corrupção na delação da Odebrecht e foi um dos nomes apontados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como supostamente parte de uma organização criminosa que atuava na Petrobras.

 O Deputado Federal Edmar Arruda (PSD), membro da IPI, foi acusado numa reportagem da revista Isto É de ganhar milhões por meio de favorecimento político da sua empresa Cantareira Construções. A revista apontou que ele percorreu municípios do seu Estado discutindo e defendo para os prefeitos projetos do programa Minha Casa, Minha Vida. A sua empresa já teria se beneficiado com cerca de R$ 65,5 milhões até 2012 com contratos no âmbito do programa do Governo Federal. Assim, segundo a reportagem, o parlamentar acumularia as funções de representante do Legislativo e lobista do Grupo Cantareira, em flagrante conflito de interesses. Ele votou a favor do Temer e contra as 10 medidas contra a corrupção.

 O Deputado Eduardo Cunha (PMDB), membro da Assembléia de Deus do Madureira, em 19 de outubro de 2016 foi preso preventivamente pela Polícia Federal na Lava Jato,[12] e em março de 2017 foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Em 18 de maio de 2017, teve um novo mandado de prisão expedido pela Justiça.

 O deputado Washington Reis,(PMDB) em dezembro de 2016 foi condenado unanimamente pelo Supremo Tribunal Federal a sete anos e dois meses em regime semi-aberto por crime ambiental, além de multa no valor de 67 salários mínimos. Foi condenado pela divisão de terrenos para a construção de um loteamento em Xerém, no entorno da Reserva do Tinguá, obras iniciadas em 2003 e que incluíram corte de vegetação em encostas e área de preservação permanente e a terraplanagem em beira de rio. Ignorou autos de infração e embargos às obras, a demonstrando sentimento de impunidade e desrespeito às autoridades ambientais

 O deputado Onyx Lorenzoni (DEM), membro da igreja Luterana foi citado em depoimentos de delatores da Odebrecht, meses depois, também foi acusado, agora nas delações da JBS, de receber "caixa 2" daquela empresa. À RBS TV, Lorenzoni assumiu a irregularidade, justificando que "não tinha como" declarar o valor na Justiça Eleitoral, e que a cifra teria sido inferior aos R$ 200 mil citados por Saud.


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